domingo, 21 de setembro de 2014

Primavera a estação perdida da caatinga

A caatinga se prepara
com sua melhor roupa
 para receber a primavera.
 A grande cor da caatinga
 Se vê  no cinza sem retoques
Não como a cor  vista na  restinga
de Marabáia cheia de vida  e não me toques.
 Minha primavera não é afoita,
 e com suas  duas flores que se abrem
 à  margem  do  rio que agoniza...  
E o vento que açoita o alóe vera e água-pés  
que floresce no que foi paisagem.
 A rama  vive a dor da  secura
e ainda busca a sobrevivência
teima nas pobres estruturas
tirar da rala  chuva a cor da subexistência
que se curva, não rendida,
 mas brandamente  muda.
E, ainda teima, ainda ousa  e ainda retira
a cor do setembro  nos cajueiros em flor
duma primavera sonhada










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