Primavera a
estação perdida da caatinga
A caatinga
se prepara
com sua
melhor roupa
para receber a primavera.
A grande cor da caatinga
Se vê no
cinza sem retoques
Não como a cor vista na restinga
de Marabáia
cheia de vida e não me toques.
Minha primavera não é afoita,
e com suas duas flores que se abrem
à
margem do rio que agoniza...
E o vento que açoita o alóe vera e água-pés
que floresce
no que foi paisagem.
A rama
vive a dor da secura
e ainda
busca a sobrevivência
teima nas
pobres estruturas
tirar da
rala chuva a cor da subexistência
que se
curva, não rendida,
mas brandamente muda.
E, ainda
teima, ainda ousa e ainda retira
a cor do
setembro nos cajueiros em flor
duma
primavera sonhada
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