segunda-feira, 23 de abril de 2012


Vida ...


Preciso te escrever  um verso
no diário do tempo.
Um poema que caiba
no azul de qualquer horizonte
e não sobre desgosto,
pois não cabe nessa poesia
 rimas  banais ,tais como:
dor e desamor, 
medo e degredo,
emoção e danação.

Quero tudo muito claro 
nessa rima, sem métrica,
iluminando a leveza
do que  me arrasta ou me domina...  
Preciso apenas abrir os olhos
da chama que me leva,
preciso alcançar
o momento que se afasta,
preciso reter na mão
águas que correm
 rios de ternura,
preciso  da palavra e da cor
para em  tua estrutura,
escrever um  poema  transgressor,
que não fira  as regras do jogo,
só, arrepie  ao passar a brisa...
Não dê trelas à tempestade
e, se dissipe logo

quarta-feira, 4 de abril de 2012

viver
é ancorar
o barco
num cais
fincado em mil águas,
não ver
quem provoca o embalo,
não sentir
quem solta
ou amarra as âncoras
e docemente
envelhecer...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

releituras

                  Releituras
Fui ferro,
fui aço,
fui rocha.
Hoje, pedra-sabão
que se modela
na espessa lâmina de espuma
e no vaivém das marés...
e assim, deixando
 minhas pegadas,
as mais profundas,
na areia e, ao vento, os delírios.

De repente no céu uma janela