A taça transborda...
Quem é aquela mulher
Que transita em corredores de
vidro,
Uma taça de vinho entre os
dedos,
Tingindo de grená as
transparências
Onde suas
essências se fundem?
Aérea,etérea pluma
Seus passos, alheios a tudo,
Movem-se com calma, como quem
pensa,
E a mente pensa frenética,
como quem dança,
Tritura em pedacinhos os
pensamentos.
Mulher, apenas uma mancha
Na vidraça
embaçada,
Um olhar inviolável
Que a torna invisível,
E a lágrima que drenava interna
mágoa
Fez-se leve,
Pairando em branca nuvem,
E fez-se nela seu caminho
transitório.
... e a taça de vinho deixa-se
transbordar naquela
festa, naquele momento,
naquele silêncio.
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