domingo, 4 de março de 2012


A taça transborda...

Quem é aquela mulher
Que transita em corredores de vidro,
Uma taça de vinho entre os dedos,               
Tingindo de grená as transparências
 Onde suas essências se fundem?

Aérea,etérea pluma
Seus passos, alheios a tudo,
Movem-se com calma, como quem pensa,
E a mente pensa frenética, como quem dança,
Tritura em pedacinhos os pensamentos.
                                    

Mulher, apenas uma mancha
                                    Na vidraça embaçada,
Um olhar inviolável
Que a torna invisível,
E a lágrima que drenava interna mágoa
Fez-se leve,
Pairando em branca nuvem,
E fez-se nela seu caminho transitório.                                                  
               

                      ... e a taça de vinho deixa-se transbordar naquela
                             festa, naquele momento, naquele silêncio. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário