É tarde
O poema nasceu velho.
Filho temporão
Escapou da prisão,
Desviou-se das soleiras,
Preferindo escalar janelas,
Chegou cansado.
Depois de ter percorrido
tantas luas,
No corrosivo líquido cristalino do tempo.
Os versos
não se deram conta
Do menino que os acompanhou
E envelheceu com eles.
Quando menino não sabia:
dos ocasos
dos erros
das lendas
decifrar enigmas
desconhecia as
borboletas
e os bem-te-vis
não entendia o pensar das madrugadas,
Não sabia da primavera numa única flor,
A orquídea, era só um mito inatingível.
E a vida, uma forma imutável de viver
Dulce, as palavras sempre se rendem ao talento das tuas mãos!
ResponderExcluirQue delícia poder te ler nesta manhã de sábado!
beijos,
Valdenia
Vózinha... Tinha que entrar no blog para deixar de ser uma neta desnaturada, e tive uma surpresa muito boa, achei o blog lindo e super criativo. Parabéns por ser essa mulher que me serve de exemplo por ser tão criativa e inteligente... Beijo Érica
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