Um adeus
Nunca se manifestou
Em nenhum gesto,
E pelo caminho ficou...
Como o lado obscuro
De uma sonata inacabada de Bach,
Ressoando, existindo,
Mas dela nada se ouviu.
Nenhum ciciar de aceno,
Nenhum bater de asas,
Nenhuma palavra anunciada
Ressoando, existindo,
Sem
murmúrio...
Dia após dia, à surdina,
Um mudo e tímido adeus,
Finalmente, abriu-se em gesto,
Numa certa esquina,
E se fez despedida.
Sem
estilhaços
De ressentimento,
um
adeus enfim...
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