Lima: é pra lá que eu vou
Descobri Lima através das redes sociais.
Fui alçada num voo virtual, por algum
seguidor, como dizem na linguagem blogueira.
É fascinante saber , melhor dizendo,
viver numa época onde a tecnologia bate
todos os limites da minha compreensão,
me vejo zonza, tentando sorver, pelo menos, um uma gota dágua oferecida, e
permanecer a vau neste mar de
informação, que me chega todos os dia às mãos .
Hoje
é Lima quem ocupa o epicentro da minha vontade em compreender
o pouco deste vasto mundo. Corro a pesquisa me deparo com uma cidade
surpreendentemente linda, moderna, que
se debruça ornando, como uma pérola, a
costa oeste do Oceano Pacífico
A floresta Amazônica, a Bacia Amazônica,
seus rios e veios, afluentes e igarapés, estão a nos separar e mesmo assim alguém me lê em Lima.
Meus olhos buscaram um lugar para ficar
e o Porto de Calhais atravessou o
caminho e segurou olhar de busca. Ali
quis o vento me presentear, batendo de
leve no rosto,com o gosto da maresia tão desconhecida, desse mar, tão pacífica -mente desconhecido, que me trouxe à Lima
capital do Peru tão vizinhamente
irmão do meu Brasil!
.
Finalmente cheguei ao meu destino,Lima, uma grande cidade, fervilhante,onde
tudo acontece.Vi a Catedral de San Martim, Igreja de Santo Domingo e toda a
bela arquitetura hispano-americana. Analisando cada arabesco, me senti pequenina
diante de séculos de história.
Cruzei a Praça San Martim. Passos
demorados, olhos de espanto. Sentei-me num banco. Confundi os meus passos aos passantes do lugar e por instantes quem
sabe, fui um deles à sombra de Bolivar .Ouvi a voz inconfundível do coral dos monges franciscanos, quando passei
pelos corredores silenciosos do Convento
de São Francisco. Orei !
Entendi perfeitamente a essência que emana
da aura desta cidade,sei que permanecerá
no meu encanto guardada, e,me perdoem se não pude traduzir o que sinto.
Agradeço toda esta miragem fantasiosa
à alguem que me lê em Lima.
Dulce, viajei com vc. Me encantei com as belezas descritas de forma palpável e assimilável como vc. sabe fazer como poucos. Parei na Catedral de San Martim para meditar como pode uma mente tão privilegiada nos conduzir a uma viagem virtual com a quase certeza do real. Lembrei de Chico Buarque que não conhecia a Hungria e escreveu Budapeste, um romance todo ambientado naquela capital . Coisas de GÊNIOS.
ResponderExcluirSocorro Borba
Querida Dulce, sempre achei que os verdadeiros escritores sabem escrever suas fantasias como se reais fossem aos olhos do leitor, eis a magia que une quem escreve e quem ler, tornar real o potencial sonho, falar sobre essa memória que construimos e que tem o tecido do sonho, seu texto está belo, está consistente e nos remete ao local que nem sequer conhecemos , mas conseguimos imaginar a partir da leitura... Abraços
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