segunda-feira, 21 de maio de 2012

 Lima: é pra lá que eu vou


      Descobri Lima através das redes sociais. Fui alçada  num voo virtual, por algum seguidor, como dizem na linguagem blogueira.
      É fascinante saber , melhor dizendo, viver numa época onde a tecnologia  bate todos os limites   da minha compreensão, me vejo zonza, tentando sorver, pelo menos, um uma gota dágua oferecida, e permanecer  a vau neste mar de informação, que me chega todos os dia às mãos .
     Hoje  é Lima quem ocupa o epicentro da minha vontade  em compreender o pouco deste vasto mundo. Corro a pesquisa me deparo com uma cidade surpreendentemente  linda, moderna, que se debruça ornando,  como uma pérola,  a costa oeste do Oceano Pacífico  
     A floresta Amazônica, a Bacia Amazônica, seus rios e veios, afluentes e igarapés, estão a nos separar e mesmo assim alguém me lê em Lima.
       Meus olhos buscaram um lugar para ficar e o Porto de Calhais   atravessou o caminho e  segurou olhar de busca. Ali quis o vento  me presentear, batendo de leve no  rosto,com o  gosto da maresia tão desconhecida, desse mar, tão pacífica -mente  desconhecido, que me trouxe  à Lima  capital do Peru tão vizinhamente  irmão do meu  Brasil!
. Finalmente cheguei ao meu destino,Lima, uma grande cidade, fervilhante,onde tudo acontece.Vi a Catedral de San Martim, Igreja de Santo Domingo e toda a bela arquitetura hispano-americana. Analisando cada arabesco, me senti pequenina diante de séculos de história.  
    Cruzei a Praça San Martim. Passos demorados, olhos de espanto.                                                        Sentei-me num banco. Confundi os meus passos  aos passantes do lugar e por instantes quem sabe, fui um deles à sombra de Bolivar .Ouvi a voz inconfundível do  coral dos monges franciscanos, quando passei pelos corredores silenciosos  do Convento de São Francisco. Orei !
     Entendi perfeitamente a essência que emana da aura desta cidade,sei que permanecerá  no meu encanto guardada, e,me perdoem se não pude traduzir o que sinto.
    Agradeço toda esta miragem  fantasiosa   à alguem que me lê em Lima.









2 comentários:

  1. Dulce, viajei com vc. Me encantei com as belezas descritas de forma palpável e assimilável como vc. sabe fazer como poucos. Parei na Catedral de San Martim para meditar como pode uma mente tão privilegiada nos conduzir a uma viagem virtual com a quase certeza do real. Lembrei de Chico Buarque que não conhecia a Hungria e escreveu Budapeste, um romance todo ambientado naquela capital . Coisas de GÊNIOS.
    Socorro Borba

    ResponderExcluir
  2. Querida Dulce, sempre achei que os verdadeiros escritores sabem escrever suas fantasias como se reais fossem aos olhos do leitor, eis a magia que une quem escreve e quem ler, tornar real o potencial sonho, falar sobre essa memória que construimos e que tem o tecido do sonho, seu texto está belo, está consistente e nos remete ao local que nem sequer conhecemos , mas conseguimos imaginar a partir da leitura... Abraços

    ResponderExcluir