quarta-feira, 3 de julho de 2013

vivo

vivo

...e
 olho de busca
abre caminho para  pés cansados
e pegadas tortas...
a boca tem fome do novo
e desce goela abaixo
velhos teoremas
a mão afoita
cerra o gesto alquebrado
adormecido no nascedouro...
apenas o coração voluntarioso
 bate forte em tambores de guerra
 um pulmão mais denso
 inspira a conspiração mais boba...
e a voz solta, desenvolta mas inaudível
 alcança a ultima nota da canção...
 a palavra  se recria
num deserto de vontades
enquanto  desejos  esmaecem
no desenho do passado  
e o  pensamento é ave do mundo
e a alma ave da gente
voa solidão...
e

 vive

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