Velocidade
Preso ao vento errante
O cavaleiro andante voa
A leve pressão dos dedos,
Nem a mais forte,
Impõem domínio,
Ao livre ginete do pensamento.
.
Não há pés no estribo
A cecear-lhe os caminhos.
A espora e o constate fustigar
Não o amedronta,
Mesmo ao lancinar
Uma antiga ferida.
.
a velocidade do pensamento,
Quem a deterá,
Nas curvas e na temeridade dos aclives?
A cancela dos sonhos,
Deixando ir-se o medo?
Por certo estará presa
a inviolável perplexidade
dos segredos...
- E tudo que seja breve
Será apenas breve!
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